sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

CASO ELOÁ


LINDEMBERG CONDENADO A 98 ANOS E 10 MESES POR MORTE DE ELOÁ


Após quatro dias de julgamento, Lindemberg Alves Fernandes, acusado de matar a ex-namorada Eloá Pimentel, em outubro de 2008, após mantê-la refém por mais de 100 horas, em Santo André, foi condenado a 98 anos e 10 meses de prisão em regime inicialmente fechado.

A decisão foi tomada por um júri formado por seis homens e uma mulher que consideraram o réu culpado pelos 12 crimes pelos quais foi julgado. A juíza Milena Dias determinou então a pena por volta das 19h40 desta quinta-feira.



Lindemberg foi condenado por homicídio qualificado por motivo torpe pela morte de Eloá, duas tentativas de homicídio (contra Nayara Rodrigues e o sargento Atos Valeriano), cinco ocorrências de cárcere privado (contra Eloá, Vitor Lopes, Iago Oliveira e duas vezes contra Nayara) e quatro disparos de arma de fogo.
Julgamento - O ponto marcante das cerca de 50 horas de julgamento foi o depoimento do réu (que falou pela primeira vez sobre o crime. Ele confessou que atirou em Eloá e pediu desculpas para a mãe da vítima, Ana Cristina Pimentel. "Quero pedir perdão para a mãe dela (Eloá) em público, pois eu entendo a sua dor."
A defesa de Lindemberg também chamou a atenção desde o início do júri. Ana Lúcia Assad ameaçou abandonar o plenário por diversas vezes e durante uma discussão com a juíza) chegou a colocar em dúvida sua credibilidade. "A senhora deve voltar a estudar."
No total, cinco testemunhas de acusação foram ouvidas: os amigos da vítima, Nayara Rodrigues, Iago Vilela de Oliveira e Victor Lopes; Atos Antônio Valeriano, sargento da PM (Polícia Militar), e Ronickson Pimentel dos Santos, irmão mais velho de Eloá.
Também falaram ao Tribunal sete testemunhas de defesa: Marcos Cabello, ex-advogado de Lindemberg; Rodrigo Hidalgo e Márcio Campos, jornalistas da TV Bandeirantes; Dairse Aparecida Pereira Lopes e Hélio Rodrigues, peritos criminais; Sérgio Luditza, delegado que registrou o caso; Adriano Giovanini, negociador do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) e Paulo Sérgio Squiavano, tenente da PM.
Everton Douglas Pimentel, irmão caçula de Eloá, depôs como testemunha de juízo.

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