quarta-feira, 20 de junho de 2012

Coritiba se impõe no 'inferno verde', bate São Paulo e se garante na final


Com a torcida fazendo uma festa incrível nas arquibancadas, time fez 2 a 0 no Tricolor e agora aguarda o vencedor de Grêmio e Palmeiras para decidir


No Couto Pereira, quem dá as cartas é o Coritiba. Na noite desta quarta-feira, o inferno verde fez a diferença e o time comandado por Marcelo Oliveira é o primeiro finalista da Copa do Brasil. É bem verdade que o time não jogou tão bem como no Morumbi mas, no momento em que via o São Paulo melhor, abriu o placar e, a partir daí, tomou conta do jogo. O placar por 2 a 0 garantiu a festa nas arquibancadas e ainda deu ao time uma nova chance de conquistar o caneco pela Copa do Brasil, depois de ver a taça escapar em 2011 na decisão para o Vasco. O time espera o vencedor do duelo entre Palmeiras e Grêmio, que se enfrentam nesta quinta, em Barueri.
Ao São Paulo, restam apenas lamentações. Sem disputar uma final de campeonato desde 2006, o time, como ocorreu no Campeonato Paulista, sucumbiu mais uma vez no momento de decidir. Suas principais peças, Lucas, Luis Fabiano e Jadson não funcionaram mais uma vez e agora caberá ao time administrar a crise que certamente vai se instalar no Morumbi. Aparantemente, o técnico Emerson Leão segue no comando, já que havia sido garantido no cargo pelo presidente Juvenal Juvêncio independente do que acontecesse em campo.
Os dois times voltarão a campo no final de semana pelo Campeonato Brasileiro. No sábado, o São Paulo enfrentará a Portuguesa, às 18h30m, no estádio do Canindé. No dia seguinte, o Coritiba vai até a Baixada Santista para enfrentar o Santos.São Paulo começa melhor, mas Coritiba sai na frente
As duas equipes entraram com novidades na escalação. Do lado paranaense, Marcelo Oliveira abriu mão do ferrolho que montou no Morumbi, sacando um volante (Gil) para colocar o meia Rafinha, que voltou ao time após se recuperar de lesão. Além disso, Pereira entrou na zaga na vaga de Demerson. No Tricolor, Leão resolveu reforçar a marcação na lateral, sacando Douglas e colocando o volante Rodrigo Caio. Na defesa ainda, Edson Silva entrou na vaga do suspenso Paulo Miranda.
Se no Morumbi o Coritiba deu as cartas no primeiro tempo, no Couto Pereira foi o São Paulo quem surpreendeu. Com marcação forte no meio-campo e, principalmente, paciência para tocar a bola, o time soube controlar um afoito Coxa, que parecia sentir a responsabilidade de ter de reverter a vantagem. Rafinha buscava as jogadas individuais, mas na hora do passe, faltava um companheiro melhor qualificado para jogar.
Do lado são-paulino, havia muito espaço para tocar a bola. Jadson e Cícero jogavam soltos no meio. A válvula de escape para o ataque era com Lucas pela direita. O camisa 7, aos 14, fez Lucas Mendes tomar um cartão amarelo. Aos 24, em jogada individual, o são-paulino quase fez um golaço, após se livrar de três marcadores, invadir a área e bater à esquerda de Vanderlei.
Mas, como o futebol não é lógico, em seu primeiro ataque na partida, o Coritiba abriu o marcador. Após cobrança rápida de escanteio pela esquerda, a marcação tricolor marcou bobeira e Everton Ribeiro cruzou na cabeça de Emerson, que subiu mais alto que Rhodolfo e testou no canto direito de Denis, que só olhou: 1 a 0 no placar e festa no caldeirão verde. Foi o décimo gol do defensor no ano e o vigésimo desde que ele chegou ao time paranaense.
O São Paulo sentiu o golpe, ficou nervoso em campo e os donos da casa cresceram. Rhodolfo, nervoso após falhar no gol, tomou cartão amarelo por reclamação acintosa e por pouco não foi expulso. Mesmo assim, o Tricolor teve uma chance de ouro aos 34, quando Lucas bateu cruzado e a bola raspou a trave direita de Vanderlei. O Coxa respondeu com dois chutes, um de Everton Costa e outro de Everton Ribeiro, bem defendidos por Denis.
Etapa complementar
O segundo tempo recomeçou em alta velocidade. Com 1 a 0 a favor, o Coritiba mostrou que queria logo chegar ao segundo gol, palacar que lhe daria a classificação. Roberto, em arrancada pela direita, assustou Denis. O São Paulo, que voltou a campo escutando novamente os pedidos de "raça, raça, raça" que vinham das arquibancadas, respondeu logo depois, quando Cícero deixou Luis Fabiano cara a cara com Vanderlei, mas o camisa 9 bateu por cima do gol.
Melhor em campo, o Coritiba chegou ao segundo gol aos 16. Em saída rápida para o contra-ataque, Ayrton avançou nas costas de Cortez e cruzou na medida para Everton Ribeiro que, com 1,74m, subiu mais alto que os grandalhões da zaga tricolor e tocou no canto de Denis: 2 a 0 e desespero do lado são-paulino. Logo depois, em erro de Rodrigo Caio no ataque, o Coxa partiu para um contra-ataque com quatro atacantes contra apenas um defensor são-paulino, mas perdeu a chance de matar o jogo.
Leão partiu para o tudo ou nada. Sacou Casemiro e Jadson para colocar Maicon e Fernandinho, passando do esquema 4-4-2 para o 4-3-3. Ao mesmo tempo em que ganhou força ofensiva, o Tricolor passou a deixar os contra-ataques à disposição do Coxa, que no entanto, falhava nos passes. Aos 26, Luis Fabiano cobrou falta e Vanderlei espalmou. Aos 29, o goleiro trabalhou novamente, desta vez em chute cruzado de Lucas.
Percebendo o crescimento do rival, Marcelo Oliveira mexeu, sacando Roberto e colocando Gil para reforçar a marcação. Depois, colocou Lincoln e Rafael Silva nas vagas de Everton Ribeiro e Rafinha. Precisando de um gol para conseguir a classificação, Leão deu sua última cartada, com Willian José na vaga de Cortez. Com isso, Cícero saiu do meio e foi para a lateral. O jogo ganhou em dramaticidade, os dois times tiveram chances mas, no final, prevaleceu a maior eficiência do Coritiba.
Fonte: G1

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